A Fundação Bradesco
Em 22 de novembro de 1956, Amador Aguiar instituía a Fundação São Paulo de Piratininga, prelúdio do que se transformaria na maior iniciativa de investimento social privado do Brasil. Com dotação inicial de 100 mil cruzeiros, a entidade era concebida para promover assistência social a crianças e jovens vulneráveis, sem qualquer distinção, por meio da oferta educacional. Impulsionado por sua própria história pessoal, marcada pela abdicação dos estudos em detrimento da entrada prematura no mercado de trabalho, o sr. Aguiar guiava-se pelo anseio de proporcionar a crianças como ele, de origem humilde e com reconhecida carência socioeconômica, a possibilidade de completar os estudos formais no período ideal. Dessa forma, esperava transformar profundamente a sociedade brasileira pela educação, gerando resultados consistentes a longo prazo.
Inauguraria assim, em 1962, sua primeira Unidade Escolar: o Grupo Escolar Assis Chateaubriand, localizado na Cidade de Deus, Osasco (SP), que iniciou suas atividades acolhendo os filhos dos funcionários da Matriz e crianças que viviam nos arredores da Cidade de Deus, dada a baixa oferta de ensino na região. Com capacidade para até 480 estudantes matriculados, o primeiro ano contava com 289 alunos e sete professores. Abrigando turmas do 1º ao 4º ano do curso primário, o prédio dispunha também de salas da diretoria e professores, biblioteca, depósito de materiais, gabinete para projeção de filmes e seis salas de aula. Para além do ensino, os alunos recebiam alimentação balanceada, assistência médica e odontológica.
Cinco anos após a edificação de sua primeira Unidade Escolar, e próximo das comemorações do seu 11º aniversário, a Instituição passaria por uma grande mudança: em 1967, Amador Aguiar altera seu nome social para Fundação Bradesco. Na mesma ocasião, seus objetivos seriam ampliados, passando a incluir a educação escolar em variados níveis e a promoção de um ensino integral e direcionado. Essa nova perspectiva ganharia corpo com o início do curso técnico em Programação de Computadores, em 1970, primeiro da Educação Profissional e pioneiro na América latina. O novo ciclo traria consigo outra preocupação: garantir sustentabilidade financeira. Ainda dependente das doações ou investimento de lucros de algumas empresas do Grupo Bradesco, a Fundação se transformaria, com o passar dos anos, em acionista controladora do Banco, constituindo fundo patrimonial próprio para financiar seus projetos. Dessa forma, tornaria-se possível não só consolidar seu projeto filantrópico como também frutificá-lo por todo o território nacional.
Diversos desafios despontariam durante essa caminhada, até o que o sonho do sr. Aguiar de fundar uma Unidade Escolar em cada estado do país pudesse ser finalmente alcançado em 2003. Hoje, a Fundação contabiliza um total de 40 Unidades Escolares próprias, sendo dois internatos, espalhadas por todos os estados do Brasil e no Distrito federal. Elas são responsáveis por oferecer programas de Educação Básica, Educação Profissional Técnica de Nível Médio, Formação Inicial e Continuada e Educação de Jovens e Adultos. Além disso, a Instituição dissemina conhecimentos por meio da Escola Virtual, de Centros de Inclusão Digital e mantém o Museu Histórico Bradesco, para preservar e difundir a história da Organização Bradesco. Acesse nossa Linha do Tempo e a publicação especial sobre a história da Fundação Bradesco para saber mais!
“Todos, em plena paz, são os anônimos artífices desta obra que é só nossa, exclusivamente nossa, com a marca da Fundação Bradesco”
Amador Aguiar
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