O Bradesco e sua história
Anos 40
Funda-se o Banco Brasileiro de Descontos S.A.
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A memória sempre foi para a Organização Bradesco um ativo do futuro, e o cliente sua principal razão de ser. Como afirmou Amador Aguiar certa vez, não existirá banco sem cliente!. Partindo desse pressuposto, funda-se em 10 de março de 1943 o Banco Brasileiro de Descontos S.A., na cidade de Marília, com um princípio norteador: fornecer serviços de qualidade para um público simples, com respeito e pioneirismo. Em uma época onde os serviços bancários estavam destinados a pessoas de alto poder aquisitivo, o Bradesco abriu suas portas para imigrantes, agricultores, pequenos comerciantes e funcionários públicos. Mais do que isso, colocou os gerentes na linha de frente do atendimento, tornando-os facilmente acessíveis a todos os clientes, sem distinção, rompendo com a tradição de outras instituições do período que os isolavam em salas fechadas.
Em 1946, poucos anos depois de sua fundação, mudaria sua sede do interior para a capital, momento esse que seria crucial para o sucesso do Banco. Nas palavras do Sr. Lázaro de Mello Brandão, somente na metrópole seria possível brigar com os leões da área e concretizar o sonho do sr. Aguiar de transformar o Bradesco, à despeito das centenas de instituições financeiras existentes no período, no principal banco privado do Brasil. Dessa forma, instalando-se próximo a Bolsa de Valores, o Bradesco adquiriria em 1948 sua primeira instituição bancária: o Banco Mobilizador de Crédito S.A., do Rio de Janeiro. No mesmo ano, lançaria também seu primeiro serviço para o público jovem: a Conta Corrente Popular e Juvenil, que oferecia juros de 6% sobre valores em conta.
"No começo, o Bradesco era tão pequeno que o chamavam de Banco Brasileiro de Dez Contos, Se Há... E eu dizia: não há!"
Amador Aguiar
Anos 50
Da liderança de mercado à mudança para a Cidade de Deus
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Menos de dez anos de sua fundação, em 1951, o Bradesco assumia a liderança como o principal banco privado o país. Do capital inicial de dez milhões de cruzeiros, que durante anos lhe rendeu o trocadilho de Banco Brasileiro dos Dez Contos, se há, a instituição passaria para uma cifra superior a 140 milhões. Ao mesmo tempo, expandiu sua rede de agências das sete originais para um total de 77 estabelecimentos. Seria no auge desse crescimento que, em uma iniciativa visionária, Amador Aguiar inauguraria a Cidade de Deus, em 1953.
Proveniente de uma antiga fazenda na região de Osasco, a Cidade de Deus foi projetada para comportar definitivamente a matriz do Banco, fato ocorrido em 1957. Em seus primeiros anos, o espaço abrigava não apenas prédios administrativos, mas também conjuntos residenciais, mercado, ambulatório medico e maternidade, clínica odontológica, jardim zoológico, praça de esportes, restaurante, gráfica, fábrica de móveis, viveiro de plantas, hotel, bar, açougue, monumentos decorativos e uma complexa infraestrutura que permitia a moradia e convivência dos funcionários. Simultaneamente, foi fundada a Associação Esportiva e Recreativa Bradesco (AERB), responsável por promover eventos internos voltados aos funcionários, como bailes e outras comemorações, que contavam, muitas vezes, com a presença de artistas renomados da época, como Moacyr Franco. Tamanha estrutura se manteve até o início dos anos 90, quando, com o crescimento da cidade de Osasco, o Núcleo Residencial da Cidade de Deus foi gradativamente desativado e a Organização passou a oferecer linhas de crédito a seus funcionários para aquisição da casa própria.
“Não podemos trabalhar devagar, porque o Banco cresce depressa”
Amador Aguiar
Anos 60
Modernidade: a palavra da vez
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A modernidade, que sempre permeou a história do Bradesco, atingiria seu primeiro auge na década de 60 com a adoção do processamento de dados pelo computador IBM 1401, o primeiro computador comercial do Brasil. Com 4kb de memória e máquinas que ocupavam toda uma sala, ele seria o responsável por realizar o processamento bancário de maneira ágil, segura e com maior controle das operações. Seguindo a mesma linha, em 1964 o Banco amplia seu Centro Eletrônico e Processamento de Dados (CEPD) e passa a adotar, dois anos depois, os primeiros aparelhos de telex para interligar as agencias Central de São Paulo, Centro Rio, Goiânia e Belo Horizonte. Com a expansão, fecharia a década dispondo da maior rede privada de telex e teletipo do país, totalizando 113 aparelhos e 82 departamentos interligados.
Ao mesmo tempo, em 1968, ano das comemorações de seu Jubileu de Prata, o Bradesco lançaria o Cartão Bradesco, primeiro cartão de crédito do país, com design inspirado na norte-americana Diners Club. O cartão funcionava com o auxílio de uma decalcadora que, através do uso de papel carbono, emitia uma via do pagamento para a loja, uma para o banco e outra para o consumidor. Dessa forma, o Bradesco inovaria ao oferecer uma nova modalidade de pagamento aos seus clientes, mais rápida e segura. A década também seria marcada pela constituição do Conselho de Administração, com a eleição do sr. Amador Aguiar como o primeiro presidente.
“Logo, todos os bancos que não estiverem usando computador ou vão quebrar, ou nós vamos comprar”
Amador Aguiar
Anos 70
1.000 agências e 1 milhão de acionistas
1970 (dezembro) | ||||
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Seguindo o salto de modernidade e inovação da década anterior, o Bradesco abre os anos 70 marcando sua entrada no mercado de seguros, com a criação do Top Clube Bradesco – Seguros em Grupo, e com o lançamento da $O$ Bradesco, primeiro terminal de autoatendimento do país, permitindo a realização de saques pelos correntistas de maneira autônoma. Já no ano seguinte, acompanhando o pioneirismo dos Cartões Bradesco, um pool de 23 Bancos e a Caixa Econômica do Estado de São Paulo é formado para lançar o Cartão Elo Bank Americard, posteriormente transformado em Sistema Elo, introduzindo, assim, a primeira bandeira nacional de cartões de crédito do país. No dia a dia das agências, o Bradesco passa a adotar, em 1976, o serviço das Moças Bradesco, um grupo de atendentes uniformizadas capacitadas para realizar o pré-atendimento, orientando e direcionando os clientes no preenchimento do imposto de renda.
O constante trabalho e as sucessivas inovações tecnológicas permitiram ao Bradesco encerrar os anos 70 alcançando duas novas metas: a primeira, em 1977, ao atingir a marca de 1 milhão de acionistas, com a aquisição de ações por Vergílio Pellison, lavrador do norte do Paraná; a segunda, no ano seguinte, ao inaugurar suas agências de número 0.999, na cidade de Oiapoque (AP), extremo norte do país, e 1.000, na cidade de Chuí (RS), extremo sul do Brasil, consolidando 1.000 agências nacionais, sendo 345 pioneiras. Dessa forma, fazendo jus a campanha adotada no período, do Oiapoque ao Chuí, o Bradesco vai até onde o Brasil vai, e a sua missão histórica de levar inclusão bancária a todos os brasileiros, a Organização firma presença de norte a sul do país.
"A melhor colaboração que podemos receber dos nossos clientes, além dos serviços que nos dá, é a crítica. Faça-a em benefício do seu próprio atendimento. Só poderemos conhecer nossas deficiências totalmente se os nossos clientes insatisfeitos reclamarem. Ajude-nos, por favor."
Amador Aguiar
Anos 80
Tempo de mudança: elege-se um novo diretor e uma nova razão social
1980 (dezembro) | |||
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Em janeiro de 1981, Lázaro de Mello Brandão é escolhido por Amador Aguiar para sucedê-lo à frente da Diretoria Executiva do Banco, abrindo um novo capítulo na história da Organização. No mesmo ano, seria lançado o Sistema Bradesco Instantâneo, que utilizaria cartões magnéticos para realizar operações bancárias em tempo real. Seguindo o fluxo, as inovações continuariam durante a primeira metade dos anos 80, seja no autoatendimento – com o surgimento das primeiras máquinas ATM, da japonesa Fujitsu, e os primeiros caixas Bradesco Dia e Noite – seja na instantaneidade – com a introdução do Bradesco Telecompras, primeiro terminal de compras instantâneas; do Telebradesco Residência, primeiro sistema de homebanking do Brasil; ou do Tele$aldo, com o atendimento telefônico automatizado. A primeira metade dos anos 80 também seria marcada pela inauguração do Museu Histórico Bradesco, em 1983, com a missão de preservar e difundir a memória da Instituição para as futuras gerações.
Em 1985, norteado pela premissa do Sr. Aguiar de que só poderemos conhecer nossas deficiências totalmente se os nossos clientes insatisfeitos reclamarem, o Bradesco cria o “Alô Bradesco”. Com o objetivo de aprimorar a qualidade do atendimento através das sugestões de usuários, o Alô Bradesco se caracterizou como o primeiro Serviço de Atendimento ao Consumidor, antecedendo, inclusive, o próprio Código de Defesa do Consumidor. Ainda na esteira das inovações tecnológicas, inaugura-se, dois anos depois, o Núcleo Alphaville, em Barueri/SP, responsável por realizar o Processamento de Dados do Banco. Por fim, a segunda metade dos anos 80 é encerrada com outra grande mudança: a razão social adotada, até então definida como Banco Brasileiro de Descontos S.A., é alterada para Banco Bradesco S.A.
“Os nossos fundamentos são sólidos e têm de ser preservados. O banco se adaptou às mudanças”
Lázaro de Mello Brandão
Anos 90
O Bradesco completa 50 anos, rumo a era digital
1990 (dezembro) | ||||
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No início dos anos 90, o Bradesco comemoraria os seus 50 anos com outra grande mudança: Lázaro de Mello Brandão assumia o cargo de Presidente do Conselho Superior de Administração, completando um importante ciclo na história da Organização, marcado também por tristeza. No ano seguinte, Amador Aguiar falece em São Paulo (SP) aos 86 anos, deixando para trás um legado incomparável de realizações visionárias. O período ficaria marcado também pela implementação dos Cartões de Afinidade Bradesco, através de seu primeiro modelo, o cartão Sport Club Corinthians Paulista, em 1993. No mesmo ano, visando resgatar a confiança dos brasileiros para investir na poupança após conturbados períodos da economia nacional, seria lançada a Poupança Fácil Bradesco, tornando-se um grande sucesso no mercado.
Em 1995 e 1996, incrementando o segmento de cartões, são criados o Cartão Inteligente Bradesco, ou Smart Card e a Moeda Eletrônica Bradesco, introduzindo o uso de cartões com chip no mercado. Os mesmos anos ficariam marcados também por outra revolução: a internet. E o Bradesco, pioneiramente, lançaria o primeiro site de uma empresa brasileira, em 1995, além do primeiro Internet Banking brasileiro, quinto mundial, em 1996. Contudo, sua presença digital iria muito além. Em 1998, surgiria no mercado o Bradesco Net Internet Banking para Deficientes Visuais, permitindo a inclusão de uma importante parcela de clientes aos serviços bancários de maneira independente. O fim do período traria consigo outra transição: após anunciar lucro recorde de 1,012 bilhão relativo ao período de 1998, até então o maior da história do setor privado brasileiro, Lázaro de Mello Brandão indica Márcio Artur Laurelli Cypriano ao cargo de Diretor da Organização.
“Estarei permanentemente empenhado em corresponder às novas responsabilidades”
Márcio Artur Laurelli Cypriano
Anos 2000
Um novo milênio, do Brasil para o Mundo
2000 (dezembro) | ||||
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A virada do milênio deu início a uma nova era. O Bradesco atinge a marca de 10 milhões de clientes, alcança a maior base de correntistas do setor financeiro privado brasileiro e lança o Bradesco Mobile Banking, primeiro serviço financeiro a possibilitar operações bancárias via Internet no telefone celular. No ano seguinte, estreia suas ações no pregão da Bolsa de Nova York (NYSE) e Madri, passando a ter ações negociadas em real, dólar e euro. Ainda em 2001, vence licitação e torna-se parceiro da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) para a criação do Banco Postal, oferecendo serviços e produtos financeiros básicos em todos os municípios brasileiros. Em 2003 é a vez do segmento Prime, que inicia suas atividades destinando atendimento a clientes pessoas físicas de alta renda.
Seguindo a perspectiva de ampliação dos laços internacionais, em 2004 o Bradesco firma parceria com o UFJ Bank, atual Bank of Tokyo-Mitsubishi UFJ, possibilitando a inclusão bancária de cerca de 300 mil brasileiros residentes no Japão, além de conseguir autorização do Federal Reserve Bank para atuar como Financial Holding nos Estados Unidos. Ao fim de mais uma década de trabalho, outra grande mudança: Luiz Carlos Trabuco Cappi, então Diretor do Grupo Bradesco Seguros, ascende ao cargo de Diretor da Organização por indicação de Lázaro de Mello Brandão. Adota como objetivo principal alcançar presença em 100% dos 5.564 municípios brasileiros, meta que realiza no mesmo ano. Na tecnologia, outra inovação: a biometria, introduzida em 2006, é expandida em 2010, promovendo mais segurança e comodidade.
“Conciliar continuidade com renovação é o estilo do Bradesco, que tem a tradição de valorizar os quadros formados na casa”
Luiz Carlos Trabuco Cappi
2010
Desafios do futuro: geração hiperconectada e Inteligência Artificial
2010 (dezembro) | ||||
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O futuro se abre com os múltiplos desafios de uma geração hiperconectada e, para enfrentá-los, o Bradesco se posiciona na varguarda do uso da tecnologia. Em 2010, amplia sua atuação nas redes sociais com o lançamento de sua página no Facebook e inova ao lançar o F. Banking Bradesco, serviço que permite a realização de transações bancárias na rede social. Nos anos seguintes, seria a vez do Bradesco App Samsung Smart TV – que permite o acesso a conta por uma Smart TV – do Cartão Contactless e da Pulseira Bradesco Visa – para pagamentos por aproximação – além do Bradesco Next – um espaço que permite aos clientes terem acesso as inovações tecnológicas em produtos e serviços.
Em 2014, ganha lugar o InovaBra, programa de inovação aberto em parceria com startups. Dois anos depois, antecipando-se ao futuro, as agências do Banco passaram a contar com a BIA – Bradesco Inteligência Artificial, uma ferramenta que auxilia os funcionários, esclarecendo dúvidas. Com isso, o Bradesco torna-se a primeira empresa brasileira a utilizar o Watson, supercomputador cognitivo, testado e adaptado desde 2014. Por fim, sempre de olho nas novas gerações, é lançado o Banco Next. Digital e gerenciado por um aplicativo para smartphone, o Next vem atender a demanda de um público jovem, indicando pela frente uma revolução nos serviços bancários.
“Evoluir não é tornar o Banco maior, é tornar o Banco melhor, vivenciando de perto os problemas e as soluções dos clientes”
Luiz Carlos Trabuco Cappi
2019
Inovação e diversidade: ativos de um novo tempo
2019 (dezembro) | |||
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Em 2018, ao completar 75 anos, o Bradesco renova seu compromisso de atuar como um banco pioneiro, focando-se cada vez mais na Inteligência Artificial. Para isso, inaugura o InovaBra Habitat – um espaço de co-inovação dedicado à geração de negócios baseados em tecnologias digitais – e lança a BIA no WhatsApp. Simultaneamente, promove uma nova mudança administrativa: Octavio de Lazari Junior é escolhido para suceder Luiz Carlos Trabucco Cappi à frente da Diretoria Executiva do Banco.
No ano seguinte, o Bradesco investe em sua presença internacional com a aquisição do BAC Flórida Bank, e amplia suas parcerias externas ao firmar acordo com a empresa de cosméticos Avon para oferecer soluções financeiras às revendedoras. Ao mesmo tempo, fortalece seu compromisso com a equidade, se tornando signatário dos Princípios para Responsabilidade Bancária (PRB) da ONU e membro do Fórum de Empresas e Direitos LGBTI+, criando ainda o selo #AliadosPeloRespeito. Para coroar tamanho esforço, lança sua campanha de fim de ano abordando a importância do empoderamento individual e da valorização da diversidade.
O ano de 2019, contudo, também ficaria marcado por tristeza. Aos 93 anos de idade, 77 deles dedicados ao Bradesco, Lázaro de Mello Brandão faleceria em São Paulo, deixando para trás ensinamentos de disciplina, resiliência e liderança a toda a Organização. Apesar da inestimável perda, seus princípios seguem inspirando o Bradesco a abrir, a cada ano, um novo ciclo de trabalho com energias renovadas e horizontes expandidos, rumo ao futuro.
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“Tudo isso que foi alcançado é resultado direto do empenho e do comprometimento de cada um de vocês. É um privilégio ter ao meu lado um time de gente guerreira, que joga junto e vence junto”
Octavio de Lazari Junior
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